Avanços tecnológicos são fundamentais para a indústria brasileira, tanto que já se fala há algum tempo sobre a Quarta Revolução Industrial – que é de escala, velocidade e complexidade sem precedentes. É caracterizada por uma fusão de tecnologias – como inteligência artificial, edição de genes e robótica avançada. Na opinião de Adriano Filadoro, CEO da Online, haverá a convergência das tecnologias digitais, físicas e biológicas – sendo que a velocidade, o alcance e o impacto nos sistemas são os pontos principais.
“Por vários motivos, o Brasil ainda não está num ritmo desejável em direção a essa transformação digital, mas a pandemia inesperadamente contribuiu para acelerar processos. Muitos executivos da indústria brasileira veem a transformação digital como oportunidade de crescimento e ganho de competitividade. E estão certos, porque aqueles que negligenciarem as principais tendências da transformação digital poderão perder mercado rapidamente. A boa notícia é que não é tão difícil acompanhar os movimentos do mercado e implantar novas tecnologias que, especialmente no último ano, se tornaram mais relevantes. A tecnologia 5G certamente vai potencializar a capacidade de a indústria se modernizar nesse sentido”, diz o executivo.
Filadoro explica que, com tecnologia 4G, temos aproximadamente 100 mil conexões por quilômetro quadrado. Já com o 5G, teremos um milhão de conexões na mesma área. “O que se espera é uma rede mais inteligente, com células menores e que garantam maior estabilidade nas operações. Desde a pessoa conseguir estabilidade de sinal enquanto dirige por uma estrada, até grandes robôs instalados em fábricas e que não podem parar. No médio prazo, acreditamos que as fábricas inteligentes estarão conectadas com toda uma cadeia de agentes que completam um ciclo. Estarão conectadas com a área de pesquisa e desenvolvimento, com a área de marketing, com a área comercial e até mesmo com o usuário final. Isso é parte da quarta revolução industrial”.
Além de estabelecer uma nova relação entre produtos e indivíduos, a indústria também poderá ser beneficiada com as novas tecnologias. Por exemplo, uma determinada fábrica será avisada sempre que houver aumento de demanda a partir de recursos de inteligência artificial combinados com machine learning. Com o tempo, na visão do executivo, o que se espera é que a indústria trabalhe sob demanda, sem desperdícios e maximizando o aproveitamento das matérias-primas, além do tempo de trabalho do operacional envolvido no processo de produção.