Junto com o desenvolvimento da inovação tecnológica, o cibercrime está escalando velozmente – provocando, entre empresas e governos, a dúvida sobre “quem será a próxima vítima”.  Na opinião de Chuck Robbins, CEO da Cisco, a quantidade de perdas geradas globalmente por criminosos online, quando comparada numericamente com economias globais, seria suficiente para criar a terceira maior economia do mundo.

Em 2021, as perdas acumuladas decorrentes de atividades criminosas na Internet foram avaliadas em US$ 6 trilhões. Dados do Banco Mundial sobre as maiores economias do mundo sugerem a seguinte classificação: EUA (US$ 20,9 trilhões), China (US$ 14,7 trilhões) e Japão (US$ 5 trilhões) no pódio. Na hipótese levantada por Robbins, um país fictício formado com economia do cibercrime desbancaria o Japão para o quarto lugar.

Obviamente, toda estatística relacionada a perdas financeiras provocadas por violações de cibercriminosos não passa de estimativa. Afinal, é impossível calcular os valores exatos das perdas – já que, em grande parte, são perdas intangíveis e é muito difícil convertê-las diretamente em dinheiro. Outro grande desafio para calcular com precisão o impacto dos ataques cibernéticos continua sendo a falha generalizada em relatar violações de crimes cibernéticos por parte das empresas.

Segundo relatório IBM Security, o custo médio de uma violação de dados passou de US$ 4,24 milhões em 2021 para US$ 4,35 milhões em 2022. A parcela de organizações que implantam “zero trust” aumentou de 35% em 2021 para 41% em 2022. As organizações que não implantaram confiança zero incorreram em custos médios de violação de US$ 1 milhão a mais em comparação com aquelas com confiança zero implantada.

A inteligência artificial de segurança (IA), quando totalmente implantada, forneceu a maior redução de custos, com a violação média custando até US$ 3,05 milhões a menos nas organizações que contam com sistemas baseados em IA. De acordo com Adriano Filadoro, CEO da Vigilant, os ataques hackers estão se tornando cada vez mais sofisticados e exigem resposta rápida, baseada em Analytics e observabilidade. Além de vigiar a rede, o Vigilant conta com programas de inteligência artificial para agir prontamente diante de microalterações em padrões de comportamento dos usuários, bloqueando o acesso à rede.

De acordo com o executivo, caso um vírus já esteja instalado na rede, tendo conseguido ultrapassar todas as barreiras anteriores para obter informações fragmentadas, a solução de três camadas cortará a comunicação com o mundo exterior, impedindo que ele consiga mandar para as centrais de comando de ataque os dados encriptados. Ou seja, ele para de receber e cumprir ordens, além de ser mais facilmente identificado e eliminado.

Para não deixar dúvidas dos “estragos” causados pelo cibercrime e da necessidade urgente de reforçar a segurança de empresas e governos, seguem estatísticas recentemente divulgadas pela DataProt:

  • US$ 6 trilhões – o dano que o cibercrime causou em 2021.
  • 74% dos ataques de botnet (usada para roubar dados) tem como alvo o setor financeiro.
  • 33 bilhões de contas serão violadas em 2023.
  • 70% das pequenas empresas estão completamente despreparadas para um ataque cibernético.
  • 88% dos hackers profissionais podem se infiltrar em uma organização em 12 horas.
  • 19% das violações se referem a credenciais roubadas ou comprometidas.
  • Em 16% das vezes, o phishing foi responsável pelas violações.
  • A configuração incorreta da nuvem causou 15% das violações.

 

By Published On: setembro 21st, 2022Categories: Cibersegurança, Inteligência Artificial

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